Dez federações europeias, entre as quais a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), defendem os direitos humanos e laborais no Qatar, país que vai ser anfitrião do Campeonato do Mundo de futebol entre novembro e dezembro.
Num documento divulgado este domingo, as federações de Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Inglaterra, Noruega, País de Gales, Países Baixos, Suécia, Suíça e Portugal deixam várias notas:
“Reconhecemos e congratulamo-nos, como fizemos no passado, de que foram feitos progressos significativos por parte do Qatar, nomeadamente no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores migrantes, com o impacto das alterações legislativas demonstrado nos recentes relatórios da Organização Internacional do Trabalho”, escrevem.
“Congratulamo-nos com as garantias dadas pelo governo qatari e pela FIFA sobre a segurança e inclusão de todos os adeptos que vão marcar presença no Mundial, incluindo os fãs LGBTQ+”, lê-se no documento.
No entanto, esclarecem: “Abraçar a diversidade e a tolerância significa também apoiar os direitos humanos. Os direitos humanos são universais e aplicam-se em todo o lado”.
As 10 federações continuam “a apoiar o impulso de uma mudança positiva e progressiva e continuamos a defender um resultado conclusivo e a atualizar as duas questões principais que temos vindo a discutir com a FIFA há muito tempo”.
O Mundial do Qatar decorre entre 20 de novembro e 18 de dezembro de 2022.
Mais de 6500 trabalhadores migrantes morreram durante as obras de construção dos estádios para o evento.