O ataque ucraniano a Makiivka no domingo causou 89 mortos, segundo um novo balanço das autoridades russas, confrontadas com raras manifestações públicas de raiva e tristeza nas cerimónias memoriais para os soldados mortos.
"Atualmente, uma comissão está a investigar as circunstâncias" do ataque, disse ele. "Mas já é claro que a causa principal (...) é a ativação e utilização maciça de telemóveis ao alcance das armas inimigas, ao contrário da proibição", o que teria permitido que as tropas fossem geolocalizadas, acrescentou o general.
Este é o maior número de mortos num único ataque admitido por Moscovo desde que a ofensiva começou em fevereiro.
O Departamento de Comunicações Estratégicas das Forças Armadas Ucranianas afirmou que o ataque matou pelo menos 400 pessoas mobilizadas e feriu 300.
A operação ucraniana de domingo com o sistema de foguetes HIMARS atingiu uma base russa e provocou indignação e críticas entre a liderança militar russa, de acordo com um "think-tank" norte-americano.
O mais recente relatório do Instituto para o Estudo da Guerra cita mensagens no espaço informativo e nas redes sociais da Rússia que revelam que o ataque, na região parcialmente ocupada de Donetsk, gerou significativa discussão e controvérsia, com várias vozes a questionar a eficácia da liderança militar.
De acordo com este relatório, o Ministério da Defesa russo está a tentar desviar responsabilidades sobre a origem do ataque ucraniano, recusando culpas na segurança operacional das suas forças na região de Donetsk.
Os agentes de informação militares de Moscovo receberam relatos de que o ataque ocorreu quando soldados russos violaram a segurança operacional, ao usarem telemóveis pessoais, que permitiram às forças ucranianas realizar um ataque de precisão.