A Diocese da Guarda confirma que recebeu nomes de dois padres por parte da Comissão Independente e que um foi afastado preventivamente, enquanto o outro já faleceu.
Em comunicado, a Diocese refere que um dos acusados morreu em 1980, sendo assim "de todo impossível fazer ainda mais sérias e justas diligências de investigação; no entanto, manifestamos o nosso firme propósito de dar todo o apoio a qualquer vítima que pudermos identificar".
O outro nome, de um padre ainda no ativo, já tinha sido denunciado, anonimamente, facto que foi comunicado ao Ministério Público pelo Bispo da Guarda.
"Após a entrega da lista com os dois nomes pela Comissão Independente, o Bispo Diocesano solicitou à mesma Comissão informação complementar a respeito deste segundo nome, tendo chegado hoje mesmo essa informação por nós solicitada. Os novos dados que hoje nos chegaram permitem-nos ter os elementos necessários para fazer o processo canónico de investigação prévia, que enviaremos ao Dicastério da Doutrina da Fé e comunicaremos esta mesma informação complementar ao Ministério Público, sempre sob segredo de justiça", lê-se, na nota.
Enquanto o processo de investigação se desenrola, a Diocese garante que "o sacerdote em causa fica temporariamente afastado das suas atividades pastorais, sem que isto possa ser entendido como uma assunção de culpa ou prejudique, de alguma forma, o direito à presunção de inocência".
"Assumimos
o compromisso sério da Igreja em Portugal para erradicar os abusos sexuais
de crianças e jovens, porque isto é algo não só devastador para as vítimas, mas
também completamente contraditório com aquilo que a Igreja é, com aquilo que é
o seu papel e daquilo que ela pretende fazer", conclui o texto.