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A partir desta segunda-feira, a maioria das restrições aplicadas por causa da pandemia é levantada em Inglaterra, apesar do número crescente de casos.
Entre as medidas que deixam de ser obrigatórias, conta-se o uso de máscaras e o distanciamento social. Deixa também de ser imposta quarentena de dez dias a quem tenha a vacinação completa e chegue de um país da lista amarela - onde se inclui Portugal.
Apesar de ter decidido avançar com este alívio de medidas, o primeiro-ministro Boris Johnson pede cautela aos britânicos, numa altura em que o próprio se encontra em isolamento, após contacto com o ministro da Saúde, que testou positivo à Covid-19.
Entretanto, Neil Ferguson, o cientista que ajudou a desenhar a estratégia britânica de confinamento, já avisou que, sem restrições, o número de novos casos, no Reino Unido, pode passar dos atuais 50 mil para 200 mil casos diários, dentro de pouco mais de um mês.
O epidemiologista britânico avisa ainda que os internamentos podem também crescer rapidamente e sublinha o risco do surgimento de novas variantes, mais perigosas e difíceis de controlar.
Há investigadores que alertam que este levantamento das restrições representa não só um perigo para o Reino Unido, mas para o mundo inteiro, devido à rapidez com que uma nova variante pode propagar-se à escala mundial.
O uso de máscara deixa de ser obrigatório, sendo apenas recomendado no interior de espaços muito frequentados, como os transportes públicos. No caso de Londres, as autoridades locais mantêm, para já, a máscara obrigatória nos transportes.
Por outro lado, deixa de haver limitações ao número de pessoas que se podem reunir e até as regras de distanciamento são suspensas, ou seja, deixa de ser obrigatório o distanciamento social.
Deixa de haver limites à lotação para salas de espetáculos, cinemas e estádios, a não ser os limites dos próprios recintos.
Reabrem também, sem limitações, as discotecas e os pubs voltam a ter serviço ao balcão, tudo sem restrições.
Apesar do passo tomado, o Reino Unido regista o maior número de casos diários desde janeiro, somando cerca de 50 mil contágios por dia e com tendência crescente.
Boris Johnson defende que está na altura de dar o passo seguinte no desconfinamento, confiando que a vacinação vai proteger a maior parte das pessoas. Metade da população do país está totalmente vacinada e o primeiro-ministro diz que prefere correr riscos agora, que é verão e os alunos estão de férias.