A Jornada Mundial da Juventude nasceu por vontade do Papa João Paulo II, em meados da década de 80. Em 1985 houve um encontro com jovens em Roma e o sucesso foi tal que o Papa entendeu que faria sentido um momento semelhante, mas alargado, onde todos os jovens seriam chamados a ir.
“Se me pedissem para descrever o que é que significa uma Jornada Mundial da Juventude é um encontro de jovens, com jovens, a convite do Papa”, diz, de forma simples, o Padre Filipe Diniz, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil.
A JMJ realiza-se, então, a cada dois ou três anos e até agora mantém “esta dimensão de encontro e de manifestar aquilo que se crê”, acrescenta.
Mas afinal o que fazem os milhares de jovens nas jornadas? Há momentos de oração, convívio, espetáculos, concertos, teatros e outros eventos culturais. O programa é extenso mas há um denominador comum.
“O Papa João Paulo II falava sempre que os jovens têm que ser evangelizadores e este sentido de evangelização é muito importante, sermos anunciadores daquilo que é verdade”, começa por dizer.
Ora, “os jovens quando fazem uma experiência de boas notícias têm necessidade de partilhar. As jornadas têm muito esta especificidade”, acrescenta.
Aos 41 anos, Filipe Diniz explica que participou em várias jornadas, mas já como padre. Questionado sobre as consequências de uma JMJ, este responsável não hesita em dizer que “quando se chega de uma Jornada Mundial da Juventude, os jovens vêm transformados”.
“Primeiro, porque, de facto, se percebe a dimensão universal da Igreja e, ao viver isso, proporciona de facto uma experiência de encontro com Cristo. Segundo, esta motivação de chegar à comunidade, à sua igreja, ao seu contexto, à sua escola, à universidade vai-se diferente, porque se percebe que há um convite para que os jovens sejam protagonistas e possam ser protagonistas na sua realidade”, detalha.
No fundo, compara, os jovens são convidados a serem “influencers” no seu contexto.