António Costa voltou este sábado a defender o secretário-geral da ONU, António Guterres, no contexto da guerra entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro português lembra que as guerras são todas más e que todas estão sujeitas a regras e ao direito humanitário internacional.
O líder do PS falava na abertura da comissão nacional do partido, a decorrer na FIL, em Lisboa, onde fez questão de apontar que Israel tem direito a defender-se, mas não pode confundir um grupo terrorista com todos os palestinianos.
"Da mesma forma que condenámos, de forma inequívoca, o ataque terrorista do Hamas e a forma brutal como vitimou o povo israelita, hoje dizemos com a mesma convicção, com a mesma autoridade e com a mesma determinação que o direito à defesa tem de ser exercido no escrupoloso respeito pelo direito humanitário, pelo direito internacional, e que não é possível confundir um grupo terrorista com o povo palestiniano", declarou Costa.
O líder socialista fez mesmo o paralelo com a luta pela independência de Timor-Leste, em que, segundo o chefe do Governo, sempre prevaleceu a defesa pelo direito internacional, e salientou que foi Guterres que esteve à frente desse processo de negociação com a Indonésia.
"Portugal nunca baixou os braços e foi sempre afirmando e batendo-se nas Nações Unidas, procurando aliados, procurando parceiros para defender o primado do direito internacional. E se hoje Timor-Leste é um Estado independente, se em 1999 foi reconhecido o direito à autodeterminação do povo de Timor-Leste, foi porque houve sempre coerência na defesa do direito internacional. E à frente dessa batalha esteve o atual secretário-geral das Nações Unidas, o nosso camarada António Guterres.
Costa falava na intervenção de abertura da Comissão Nacional do PS, que irá aprovar o calendário e todo o processo eleitoral que irá terminar com o Congresso do partido em março de 2024.