Quando tanto se luta pela vida, dramaticamente atingida pela pandemia, o parlamento português acaba de aprovar a facilitação da morte. Triste vanguarda para um país que em vez de abrir portas à morte, deveria antes concentrar-se em tudo aquilo que nos pode salvar a vida.
A eutanásia viola claramente a Constituição, no seu texto e no seu espírito. Ninguém o ignora.
No nosso Estado de direito democrático, há mecanismos políticos e jurídicos que evitam a entrada em vigor de leis que ofendem os direitos constitucionais. Tais mecanismos devem ser agora devidamente utilizados.
Que não tenhamos menos coragem do que aqueles que em contra-ciclo com a pandemia que vivemos, aprovaram um diploma que ofende a vida, constitucionalmente protegida.
Se fosse promulgada a eutanásia, Portugal converter-se-ia num dos raros países do mundo a permiti-la.
Triste vanguarda para um país que em vez de abrir portas à morte, deveria antes concentrar-se em tudo aquilo que nos pode salvar a vida.