A Direção Geral de Inserção e Serviços Prisionais, a Direção-Geral de Saúde, o Instituto Ricardo Jorge e o INEM têm trabalhado em conjunto para garantir o recomeço das visitas às prisões em condições de segurança.
A mensagem foi transmitida nesta terça-feira pelo secretário de Estado da Saúde, na habitual conferência de imprensa diária sobre os números da pandemia em Portugal.
Respondendo a uma questão sobre a preocupação do Sindicato dos Guardas Prisionais, segundo o qual apenas um terço destes profissionais ainda terão sido testados, António Lacerda Sales afirmou que estão em curso “programas específicos relativamente aos planos de contingência Covid”.
Estes planos – feitos em “articulação quer com as autoridades regionais, quer com as locais de saúde – levam em consideração, nomeadamente, os reclusos que regressam de precária.
Esses casos “são colocados em quarentena e são testados”, uma “prova de que o sistema funciona e está a funcionar bem”, alega o governante, adiantando que os reclusos que regressaram infetados "estão já no hospital-prisão São João de Deus”.
Lacerda Sales adianta que “tem havido uma grande colaboração entre o Ministério da Justiça e o Ministério da Saúde, nomeadamente através de dois organismos – o Instituto Ricardo Jorge e o INEM – que há cerca de duas semanas vêm testando todos os funcionários e colaboradores” das prisões.
“Já foram testados cerca de 1.200 no total”, indicou ainda.
O secretário de Estado explicou que os testes começaram a ser feitos no Norte do país, “onde houve maior capacidade, mas está a alargar para o Sul, nomeadamente para a região LVT”, ou seja, Lisboa e Vale do Tejo.
O Governo espera, “com estes planos de contingência ativados quando necessário” poder em junho, “com as situações devidas de segurança”, retomar as visitas, “sendo que estaremos sempre orientados pelas diretrizes da Direção-Geral de Saúde, nomeadamente por uma norma que já existe, que é a norma 16 relativa aos serviços prisionais”.