Um racionamento de 15% do gás na União Europeia pode não ter um efeito tão grande, em Portugal, segundo indica o antigo diretor das energias convencionais da Comissão Europeia, Pedro Sampaio Nunes, à Renascença.
A Comissão Europeia propõe o racionamento de 15% do gás usado na União, a partir de 1 de agosto.
Por agora, é ainda um apelo, no quadro da possibilidade, já admitida, da Rússia não reabrir amanhã a torneira do gasoduto Nord Stream 1.
Na leitura de Sampaio Nunes, Portugal pode não sofrer "nenhum abalo", por termos capacidade de o evitar através de medidas de eficiência energética.
"Há um grande potencial de eficiência energética que ainda não está a ser utilizado e que está apenas a aguardar uma portaria a dizer como podemos colocar os concursos cá fora para a solução", aponta.
No entanto, o antigo diretor das energias convencionais da Comissão Europeia refere que, há escala europeia, a medida terá um efeito "bastante significativo", especialmente nos países mais dependentes do gás russo.