O partido conservador grego Nova Democracia conseguiu uma vitória esmagadora nas eleições nacionais de domingo, mas ficou aquém de conquistar uma maioria absoluta numas eleições dominadas pela crise do custo de vida, um escândalo de escutas telefónicas e o acidente de comboio mais mortal da história do país.
Com mais de 99% dos votos apurados, o partido de centro-direita do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, superou todas as expectativas, obtendo mais de 40,8% dos votos, um resultado que descreveu como um “terremoto político”.
No entanto, Mitsotakis não obteve votos suficientes para garantir um governo de partido único. A votação foi realizada sob um novo sistema de representação proporcional que exige um limite de cerca de 45%.
De acordo com a Reuters, que cita o Ministério do Interior, em terceiro lugar nas eleições ficou o partido de centro-esquerda PASOK com 11,6% dos votos.
A presidente grega, Katerina Sakellaropoulou, dará agora aos três principais partidos até três dias para formar uma coligação, embora Mitsotakis já tenha indicado que não está interessado em dividir o poder.
“O terremoto político que ocorreu hoje pede a todos nós que aceleremos o processo para uma solução definitiva de governo para que o nosso país possa ter uma mão experiente no seu comando o mais rápido possível”, disse Mitsotakis aos seus apoiantes reunidos em frente à sede do partido em Atenas.
Se Mitsotakis não conseguir formar uma coligação, será empossado um governo interino e terá lugar uma segunda volta que deverá acontecer e finais de junho ou início de julho. Essa segunda volta será realizada sob regras diferentes, exigindo que o partido vencedor obtenha apenas 37% dos votos.