António Vitorino nega qualquer envolvimento no alegado esquema de corrupção do antigo embaixador espanhol na Venezuela. A empresa do antigo ministro socialista é citada na acusação do Ministério Público contra antigo embaixador em Lisboa (compadre de Dias Loureiro) como tendo recebido pagamentos sem “qualquer lógica comercial”.
O ex-ministro socialista aparece envolvido na investigação do jornal espanhol “El Mundo”, segundo a qual o ex-embaixador espanhol na Venezuela e o filho estão a ser investigados por um esquema de corrupção envolvendo a empresa petrolífera venezuelana.
A acusação aponta a Raul Morodo, que foi embaixador na Venezuela durante o governo de Rodríguez Zapatero, ao seu filho Alejo (casado com a filha de Dias Loureiro), bem como a dois sócios de nacionalidade venezuelana, mas estabelecidos em Espanha, a apropriação de mais de 35 milhões de euros da empresa PDVSA.
Este dinheiro terá sido levado para Espanha através de contas bancárias na Suíça e no Panamá, tituladas por testas de ferro, essencialmente as mulheres dos envolvidos, emissão de faturas falsas, bem como pagamentos sobressaturados e contratos falsos.
De acordo com o jornal, neste processo estará envolvida a Emab Consultores, a empresa portuguesa de António Vitorino e a mulher Beatriz Carneiro. Mas ao “Correio da Manhã” Vitorino nega ligação ao caso.
“É absolutamente falso qualquer envolvimento
com empresas venezuelanas, incluindo a PDVSA ou que me tenha apropriado de 35
milhões de euros”.