"​Igreja tem mais juízo do que a CGTP", diz Rui Rio
04-05-2020 - 18:19
 • Dina Soares

O presidente do PSD confessa ter ficado escandalizado com a presença de camionetas nas celebrações do Dia do Trabalhador e acrescentou que a CGTP e o próprio Governo acabaram por fazer “um mau serviço” aos trabalhadores.

Veja também:


O líder do PSD, Rui Rio, considera que a Igreja Católica faz bem em manter as celebrações do 13 de maio, em Fátima, sem peregrinos, em contradição com as ações de rua da CGTP durante o 1.º de maio, Dia do Trabalhador.

“A Igreja tem muito mais juízo do que a CGTP”, declarou Rui Rio no final de um encontro com responsáveis da União das Misericórdias, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e da Santa Casa da Misericórdia do Porto.

O presidente do PSD confessa ter ficado escandalizado com a presença de camionetas nas celebrações do Dia do Trabalhador e acrescentou que a CGTP e o próprio Governo acabaram por fazer “um mau serviço” aos trabalhadores.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu, esta segunda-feira, que tinha uma ideia "mais simbólica" para se assinalar o 1.º de maio quando abriu a porta à comemoração da data na última renovação do estado de emergência devido à pandemia de Covid-19.

"A minha ideia era mais simbólica e mais restritiva. Não era desta dimensão e deste número", declarou esta segunda-feira o chefe de Estado, falando em entrevista por telefone à Rádio Montanha, da ilha do Pico.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que as cerimónias que a Igreja Católica escolheu para celebrar o 13 de Maio, em Fátima, “são as normas que o bom senso e as medidas sanitárias aconselham”.

O reitor do Santuário de Fátima saudou, nesta segunda-feira, os peregrinos que este ano não poderão estar fisicamente na Cova da Iria, para o 12 e 13 de Maio, conforme decisão anunciada a 6 de abril e reafirmada no domingo pelo bispo de Leiria-Fátima, cardeal António Marto.

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, não respondeu às críticas do Presidente da República às celebrações na rua do 1.º de Maio, mas sublinha que “é às autoridades de saúde que cabe a definição das regras sanitárias”.

As autoridades autorizaram a realização de cerca de duas dezenas de ações de rua da CGTP por ocasião do 1.º de Maio, dia do Trabalhador, fim de semana com limitação de restrição de deslocação entre concelhos.