Nuno Gomes rejeita que o Benfica tenha já os dois pés na fase de grupos da Liga dos Campeões e lembra que o Dínamo de Kiev ainda não perdeu fora de casa. O antigo avançado pede, portanto, o onze mais forte.
Vitória sobre o Fenerbahçe, de Jorge Jesus, na Turquia, por 2-1. Outra na Áustria, com o mesmo resultado, para atirar borda fora o Sturm Graz. Resultados para que o treinador do Benfica já chamou atenção. Em entrevista a Bola Branca, Nuno Gomes, antigo avançado internacional português e capitão das águias, reforça o apelo contra o facilitismo.
É certo que, fruto da vitória, por 2-0, na segunda mão, o Benfica pode perder por um golo de diferença e apurar-se, mas é melhor não arriscar. Por isso, e no jogo mais importante, que avancem os melhores.
"Acredito que não haja grandes mudanças [no onze]. Não me parece que seja agora, no último jogo desta fase de início da época, e se calhar o jogo mais importante, mesmo com vantagem de 2-0, que Roger Schmidt vá fazer grandes alterações. Acredito que o Benfica entrará na máxima força. Faltam 90 minutos e a equipa ucraniana tem as suas esperanças de dar a volta à eliminatória. Todos os cuidados são poucos", vinca.
Confiança nos golos de Gonçalo Ramos e companha
Nuno Gomes reforça que os feitos do Dínamo de Kiev nos jogos da segunda mão, sempre fora, "servem de exemplo para o Benfica". Por isso, espera que a equipa entre forte na Luz, para evitar sobressaltos:
"O Benfica sabe que esta equipa, tendo o treinador [o romeno Mircea Lucescu] que tem, não vai desistir facilmente. É importante que o Benfica entre com o melhor onze e com pressão alta e constante, à procura do erro do adversário e à procura do golo o mais rapidamente possível."
A filosofia de Roger Schmidt tem mostrado um Benfica "sempre muito mais perto da baliza adversária e do golo, com muitas oportunidades", pelo que se esperam golos. Os pontas de lança, em particular, têm estado em destaque neste início de época. Antigo goleador do Benfica e da seleção nacional, Nuno Gomes fala com propriedade dos avançados da equipa, com ênfase para aqueles que subiram da formação.
"Gonçalo Ramos tem sido aposta no onze titular e assumiu-se como um verdadeiro número 9, tem feito muitos golos. Henrique Araújo é um jogador que não precisa de muitos minutos para marcar. Acrescentando Yaremchuk e Musa, que veio do Boavista e ainda não conseguiu o seu espaço, mas com certeza também o terá esta época. O Benfica, em termos de avançados, está bem servido", afiança o antigo jogador.
Visita "sempre perigosa" ao Bessa depois do Dínamo
O Benfica teve tempo para descansar e preparar um ciclo complicado. Depois do Dínamo de Kiev, terá pela frente uma deslocação ao terreno do Boavista, clube onde Nuno Gomes se iniciou no futebol profissional. A visita ao Bessa constitui sempre uma dor de cabeça para as águias.
"É uma saída difícil, o Boavista cria sempre imensas dificuldades a jogar no Estádio do Bessa, ainda mais com petit ao leme. É um grande treinador, conhecedor do futebol português, e começou muito bem a época. Vai ser sem dúvida uma saída com grau de dificuldade elevado. É sempre perigoso jogar no Bessa", assinala Nuno Gomes.
O Benfica recebe o Dínamo de Kiev, a contar para a segunda mão do "play-off" de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, esta terça-feira, às 20h00. A equipa de Roger Schmidt traz vantagem de 2-0 do primeiro jogo. O encontro no Estádio da Luz terá relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.