O antigo secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, reconheceu esta terça-feira na Comissão de Inquérito à TAP que o Ministério das Finanças "devia ter sabido" da indemnização a Alexandra Reis, mas "não foi informado".
Apesar da insistência dos deputados, Miguel Cruz disse, por inúmeras vezes, que a informação que tinha na altura, em fevereiro de 2022, era que Alexandra Reis tinha renunciado ao cargo e que isso não dava direito a qualquer indeminização.
Outro assunto que está a dominar esta inquirição é o pagamnto de 55 milhões de euros a David Neeleman para sair da TAP. O ex-secretário de Estado admite que, num cenário em que a TAP seria nacionalizada, sem acordo de compra, o empresário americano teria direito a litigar e exigir 227 milhões de euros.
"Os 55 milhões de euros foi dinheiro público", confirmou, na Comissão de Inquérito.
De acordo com Miguel Cruz, “a anunciada renúncia de Alexandra Reis vem na sequência da renúncia de dois outros elementos do conselho de administração e, portanto, estava dentro do mesmo padrão”.
O caso da indemnização levou à demissão de Alexandra Reis de secretária de Estado do Tesouro e do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.