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Oeiras vai usar testes de saliva para rastreio em alunos com menos de 12 anos. A monitorização começa esta quinta-feira e até março conta ter 10 mil crianças testadas.
Em declarações à Renascença, Catarina Pimentel, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa (ITQB), explica que estes testes são mais rápidos e mais económicos.
“São testes muitos específicos. Um positivo é seguramente um positivo”, diz a investigadora realçando que, embora não sejam tão sensíveis, mas, sendo mais baratos, permitem uma monotorização frequente.
Os testes com saliva diferem dos tradicionais que usam zaragatoas introduzidas no nariz. No caso das crianças mais pequenas, são menos invasivos e mais fáceis de manusear.
A testagem é realizada diretamente da saliva: se a reação tiver resultado rosa, o teste é negativo; se for amarelo, é positivo.
“Nós não fazemos a extração de material genético do vírus. A saliva é imediatamente analisada e isso também poupa tempo”, refere Catarina Pimentel, destacando que as vantagens são o uso da saliva e o serem mais rápidos, permitindo saltar alguns passos e o custo reduzido.
O Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa espera testar 400 crianças por dia, até março, altura em que espera ter testado 10 mil crianças.
No processo de testagem estão envolvidos dois laboratórios e um grupo de voluntários do ITQB.
“Com os recursos que temos conseguimos fazer 400 amostras, mas facilmente isto pode ser escalado e em março teremos as 10 mil crianças testadas”, conclui.