O secretário-geral do PS e primeiro-ministro António Costa afirmou-se terça-feira convicto de que o PS não só vai voltar a ganhar as Câmaras Municipais de Alcochete, Almada e Barreiro, como também irá conquistar a Câmara de Setúbal à CDU.
“Setúbal tem de voltar a ser uma região fortemente industrializada, com as indústrias do futuro. Tem de ser uma região que cada vez tem serviços de mais e melhor qualidade na área da logística, tem de ser e aproveitar todo o seu potencial turístico, que este extraordinário estuário do Sado oferece, as maravilhosas praias que o permitem, e esta linda Serra da Arrábida a todos nos convida para poder aproveitar”, disse.
“É na combinação e valorização de todos estes recursos que Setúbal pode efetivamente ter os olhos postos no futuro”, disse António Costa na apresentação da Comissão de Honra da candidatura de Setúbal, liderada por Fernando José, cabeça de lista à presidência do município, e Ana Catarina Mendes, para a Assembleia Municipal.
O líder socialista, já em tom de campanha eleitoral, que só começa na próxima semana, apelou à mobilização dos socialistas nos próximos dias e lembrou as conquistas socialistas na Península de Setúbal, nas eleições autárquicas de 2017.
“Ainda há quatro anos poucos acreditavam que o PS ganhava no Barreiro e o PS ganhou no Barreiro. Poucos acreditavam que o PS ganhava em Almada e o PS ganhou em Almada. E este ano vamos voltar a ganhar no Montijo, vamos voltar a ganhar em Alcochete, vamos voltar a ganhar no Barreiro e vamos voltar a ganhar em Almada”, disse.
“E vamos também ganhar de novo em Setúbal”, acrescentou António Costa perante centenas de apoiantes junto ao coreto da Avenida Luísa Todi.
Antes o líder socialista e primeiro-ministro lembrou que o próximo mandato autárquico “vai ser um mandato autárquico muito especial”, devido ao pacote de descentralização de competências, da administração central para os municípios, a partir de abril do próximo ano, nas áreas da educação, saúde e ação social.
“Com esta transferência de competências, os municípios portugueses vão passar a receber mais mil milhões de euros por ano, mais mil milhões de euros por ano, transferidos do Orçamento do Estado para Orçamento dos municípios, para poderem prestar melhores serviços de educação, melhor serviço de saúde, melhor ação social aos seus habitantes”, sublinhou.
O líder socialista referiu ainda que os autarcas “vão ser parceiros absolutamente essenciais para a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)” e lembrou que os concelhos da Península de Setúbal terão as mesmas regras que todos os outros municípios, ao contrário do que se verifica com outros fundos comunitários, em que a península recebe comparticipações financeiras mais baixas por estar integrada na Área Metropolitana de Lisboa, que, globalmente, tem um rendimento acima da média comunitária.
António Costa destacou ainda as “duas metas” já anunciadas pelo Governo para o setor da habitação, uma para garantir “uma rede de oferta pública de arrendamento acessível, para a classe média, e em particular para as novas gerações”, e outra para assegurar “habitação condigna a todas as famílias que ainda não dispõem de habitação condigna”.
O primeiro-ministro lembrou ainda que o PRR tem um total de 2.750 milhões de euros para habitação, uma parte para arrendamento acessível e outra parte para habitação social e para a reabilitação de edifícios e dos bairros degradados.