A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) determinou às 11h01 desta sexta-feira a suspensão das negociações das ações da Cofina, no dia em que foi noticiado que Cristiano Ronaldo seria investidor na Cofina Media.
"O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) determinou no dia 30/jun/2023 pelas 11:01 (UTC), nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários, a suspensão da negociação das ações Cofina, SGPS, SA, aguardando a divulgação de informação relevante ao mercado", lê-se no comunicado enviado pelo supervisor.
Entretanto, o administrador executivo da Cofina Media, Luís Santana, confirmou hoje à Lusa que o futebolista Cristiano Ronaldo é investidor na empresa 'Management Buy Out' (MBO), que está a ser preparado por um conjunto de quadros.
O ECO tinha noticiado hoje que Cristiano Ronaldo vai ser acionista de referência da Cofina, notícia depois reproduzida pela CNN Portugal.
Contactado pela Lusa, Luís Santana confirmou o nome do futebolista como sendo um dos investidores.
"Contar com Cristiano Ronaldo, o melhor futebolista de sempre, um atleta de exceção que partilha os valores da exigência, do rigor, do trabalho e da resiliência, como investidor é naturalmente um grande motivo de satisfação para a equipa que está a desenvolver o Management Buy Out da Cofina Media, que oportunamente será apresentado aos acionistas", rematou o administrador executivo da Cofina Media.
Em 30 de maio, Luís Santana tinha confirmado à agência de notícias que, em conjunto com quadros da empresa, estava a preparar um MBO, garantindo que "em momento algum ficará refém de qualquer tipo de interesses".
A Cofina Media detém o Correio da Manhã, a CMTV, o Jornal de Negócios, Record e Sábado, entre outros, e um MBO acontece quando uma empresa é comprada pelos seus gestores.
"Eu e um conjunto de quadros da Cofina Media estamos a preparar um ‘Management Buy Out’, que planeamos apresentar oportunamente ao acionista da empresa, com o qual não temos mantido qualquer tipo de negociações", afirmou, na altura, Luís Santana.
Quando foram suspensas, as ações da Cofina estavam a subir 16,13%, para 0,36 euros.