Um ataque a civis por uma milícia, maioritariamente muçulmana, causou 30 mortos e 57 feridos, além de confrontos com as forças de manutenção da paz na República Centro-Africana, anunciou a missão da Organização das Nações Unidas.
Doze combatentes da milícia foram mortos pelas tropas da ONU, durante os combates.
A violência, na cidade de Kaga Bandoro (60 quilómetros a norte da capital, Bangui), começou depois de um membro da milícia ex-Séléka ter morrido, quando ele e três outros homens tentaram roubar um gerador de uma estação de rádio local.
"Houve uma resposta desproporcionada das pessoas da ex-Séléka, que atacaram civis, incluindo pessoas deslocadas que estavam escondidas no recinto da igreja", afirmou, num comunicado, a missão da ONU no país centro-africano (MINUSCA).
Os homens da milícia também pilharam edifícios das Nações Unidas e de organizações não-governamentais.
"As forças de paz responderam imediatamente, procurando afastar os atacantes, o que provocou a morte a 12 deles", acrescenta a nota da MINUSCA.
Cerca de 12 mil militares da ONU foram colocados no país, um dos mais pobres do mundo, na sequência de violência sectária que eclodiu em Março de 2013, depois do afastamento do Presidente François Bozize, um cristão, pela aliança rebelde Séléka.
A ONU afirma que os conflitos na região prejudicam os esforços para garantir apoio alimentar a 120 mil pessoas, e causaram perto de 70 mil deslocados.
Os grupos armados foram expulsos da capital, mas continuam a provocar problemas na zona rural.