O falhado atentado contra Trump veio tornar provável a vitória deste personagem em 5 de novembro próximo. É certo que ainda faltam quase quatro meses para a votação, mas a tendência de vitória de Trump é agora inegável.
A imagem que fica do atentado é uma foto que mostra sangue na cara de Trump e este erguendo o punho num gesto de desafio. Talvez pelo choque que sofreu – não morreu por uma questão de centímetros - Trump mostra-se agora preocupado com o clima de violência nos EUA (para o qual ele tanto contribuiu...) e apela à união dos americanos.
É possível que Trump seja sincero nesta sua inédita fase de “pacificador”. E também pode acontecer que Trump procure atenuar os sentimentos negativos que ele suscita em muitos americanos.
Quanto a Biden, não parece disponível para abandonar a corrida à reeleição. Se teria sido preferível que Joe Biden não fosse o candidato presidencial contra Biden, tal deveria ter sido decidido há meses, não agora.
Em 2022, há dois anos, o semanário The Economist alertava para que o partido democrático dos EUA deveria candidatar à presidência uma pessoa que não o Presidente Joe Biden. Várias personalidades manifestaram idêntica opinião.
Mas o partido democrático não tomou, a tempo, a decisão de escolher um outro candidato para vencer Trump e evitar o abalo para a democracia que Trump de novo na Casa Branca representará. A menos que o falhado atentado tenha mudado a personalidade de Trump.
Resta a Biden consolar-se pelos seus 54 anos de uma notável carreira política, que tende a acabar pouco gloriosamente.