Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, destaca a importância das sanções aos jogadores e clubes russos, apesar de admitir que é um cenário que lamenta, uma vez que os jogadores não são culpados pela invasão na Ucrânia.
"As sanções são necessárias, porque não é só política, é uma crise humanitária. O meu coração chora por ter de castigar os jogadores. Não é uma guerra deles, não foram eles que a decidiram e não a quiseram. Mas temos de mostrar unidade pela paz", disse, ao "Corriere della Sera".
Ceferin abordou ainda o fim dos contratos com empresas russas, nomeadamente a Gazprom.
"Financeiramente, custou-nos muito dinheiro. É um golpe enorme, mas há pessoas a serem assassinadas. Falo todos os dias com o presidente da federação ucraniana e cheguei a advertir Dyukov, da federação russa de futebol, antes de decidir. Não sou covarde, não faço as coisas secretamente", termina.
A UEFA, assim como a FIFA, excluíram a Rússia de disputar o "play-off" de acesso ao Mundial 2022, assim como todas as restantes equipas russas, como o Spartak de Moscovo, na Liga Europa.
A Rússia ficouainda sem a organização da final da Liga dos Campeões desta época, que se iria disputar em São Petersburgo.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.