Uma forte operação de segurança está montada junto ao Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, onde, às 9h30, começa o julgamento de Rui Pinto, criador da plataforma eletrónica Football Leaks.
Além dos muitos agentes de várias forças especiais da PSP, estrategicamente colocados em diversos pontos do Campus de Justiça, encontram-se à porta do edifício onde decorrerá a primeira sessão do julgamento mais de três dezenas de profissionais de comunicação, colocados numa área restrita e delimitada.
Devido a questões de segurança e às regras sanitárias impostas pela pandemia de Covid-19 o número de jornalistas autorizados a entrar na sala é reduzido, pelo que os profissionais optaram por elaborar uma lista, mediante a ordem de chegada, que ditará a entrada.
O primeiro jornalista inscrito na lista chegou ao Campus da Justiça às 4h30 para garantir um lugar na sala de audiências, onde só poderão marcar presença dez profissionais de comunicação.
Os jornalistas que não conseguirem entrar na sala poderão assistir à sessão numa sala de um outro edifício do Campus de Justiça, em sistema de videoconferência.
Rui Pinto, que através da plataforma eletrónica Football Leaks divulgou milhares de documentos confidenciais do mundo do futebol e alegados esquemas de evasão fiscal, está acusado de 68 crimes de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen.