“Como se sentirá uma criança após ser agredida por um adulto?” A pergunta, que também é tema, foi o ponto de partida para um projeto que desafiou os jovens da vila alentejana de Cuba, no distrito de Beja, de forma voluntária, a darem resposta a esta questão, com recurso à fotografia.
A iniciativa, concebida em parceria pelo Projeto Cuba (Con)Vida CLDS 4G da Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado, em conjunto com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), Escola Profissional e município de Cuba, deu origem a uma exposição que pode agora ser visitada, em Évora, no Centro de Inovação Social da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), até dia 30 de julho.
A exposição pretende “mostrar que é possível quebrar a violência se nos colocarmos na pele de quem a sofre”, referem os promotores, numa nota enviada à Renascença.
Assim, o desafio foi lançado aos jovens do 1º ano de CEF (Curso de Educação e Formação) do Curso de Fotografia da Escola Profissional de Cuba, convidando-os a envolverem-se neste trabalho, onde foram fotógrafos e modelos, “mostrando a força das suas imagens” e, por outro lado, sensibilizarem toda a comunidade “para a prevenção urgente dos maus-tratos a crianças e jovens.”
É a força dessas imagens que pode ser aferida por quem visitar, até ao fim deste mês, a exposição. “São gritos de dor, em silêncio, que ecoam nestas fotografias e
nas suas legendas”, acentuam os responsáveis pelo Projeto Cuba (Con)Vida CLDS 4G da Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado.
Enquadrada na atividade do Centro de Inovação Social da FEA, enquanto espaço de comunidade e comunidades, esta mostra, de entrada livre, contribui assim para “a sensibilização e incentivo à geração de novas soluções sociais” para um problema “importante e com forte impacto na vida das vítimas.”
Refira-se que o Cuba (Con)Vida 4G é um projeto com intervenção no concelho de Cuba, cuja entidade coordenadora local é a Terras Dentro - Associação para o Desenvolvimento Integrado.
O objetivo do Cuba (Con)Vida 4G, passa por trabalhar em parceria, no sentido de promover a inclusão social dos cidadãos, de forma a combater a pobreza e a exclusão social “através de atividades que permitam aos destinatários o desenvolvimento de competências de empregabilidade, pessoais, sociais, empreendedoras e parentais.”
Enquadrado no âmbito dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social, o projeto é financiado pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE)