A distribuição de 200 milhões de doses iniciais da vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, em toda a União Europeia será concluída em setembro, avançou esta segunda-feira um porta-voz da Comissão Europeia.
O calendário, até então desconhecido, confirma que a UE, onde residem cerca de 450 milhões de pessoas, precisará de vacinas de outros fornecedores para acelerar a vacinação contra o novo coronavírus.
"A distribuição de 200 milhões de doses deverá ser concluída até setembro de 2021", disse o porta-voz, em declarações à agência Reuters.
A mesma fonte acrescentou que estão em andamento negociações para chegar a um acordo sobre a entrega de mais 100 milhões de doses, que são opcionais no contrato assinado com as duas empresas.
O calendário para as doses adicionais não é ainda conhecido.
A maioria dos Estados membros começou a vacinar profissionais de saúde e pessoas vulneráveis no domingo com a vacina da Pfizer, a única autorizada até agora no bloco dos 27 e que requer um regime de duas doses.
A vacinação contra a Covid-19 arrancou ontem em Portugal. Às 10h07, foi vacinado o primeiro português, António Sarmento, diretor do Serviço de Infecciologia do Hospital de São João. O processo estendeu-se aos centros hospitalares universitários de Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central e ao Hospital de Santo António, no Porto.
A UE assinou acordos de compra antecipada com a Pfizer-BioNTech, AstraZeneca, Johnson & Johnson, Moderna, Sanofi e CureVac para um total de quase 2 mil milhões de doses.
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) deve decidir sobre a possível aprovação da vacina Moderna a 6 de janeiro e poderá receber pedidos de aprovação da AstraZeneca e da Johnson & Johnson no primeiro trimestre do próximo ano.