Rui Tato Marinho, diretor do serviço de gastroenterologia do Hospital de Santa Maria, explica na Renascença o tipo de operação a que o Papa vai ser sujeito.
O Papa vai realizar uma “estenose diverticular sintomática do cólon”. Francisco deu entrada este domingo na Policlínica Gemelli, em Roma.
Segundo Rui Tato Marinho, “divertículos são bolsinhas que aparecem na parede do intestino grosso. É uma situação extremamente frequente e 85% das pessoas com mais de 60 anos têm essas bolsinhas”.
“O problema desses divertículos é que podem infetar ou deitar sangue. Quando há inflamações graves ou são repetidas a pessoa tem de ser operada para tirar um bocado do intestino que tem os divertículos infetados”, explica.
Sem querer falar do caso concreto do Santo Padre, por não ter todo o quadro clínico, Rui Tato Marinho acrescenta que “quando está infetado fica com dor, pode formar abcessos e pode haver um aperto do intestino, com dificuldade para as fezes passarem”.
O diretor clínico lembra que “o sucesso [destas operações] é muito elevado” e, “se tudo correr bem, como deve correr”, o Papa estará internado cerca de uma semana.