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O ministro do Trabalho, Segurança Social e Solidariedade vai ser ouvido, esta segunda-feira, no parlamento sobre o caso Raríssimas.
A comissão de Trabalho e Segurança Social aprovou na quarta-feira por unanimidade um requerimento do PS para que o ministro Vieira da Silva preste esclarecimentos sobre o caso relativo a suspeitas de gestão danosa na Associação Raríssimas.
Na quinta-feira, a audição acabou por ficar marcada para hoje às 15h30. O PSD tinha exigido ouvir as explicações de Vieira da Silva no parlamento sobre o caso Raríssimas até sexta-feira passada, considerando que o Governo não deveria ir de fim de semana "deixando este manto de suspeição avolumar-se".
Vieira da Silva foi vice-presidente da assembleia-geral da Raríssimas entre 2013 e 2015, função no âmbito da qual aprovou as contas da associação.
Durante a semana, questionado pelos jornalistas, o ministro afirmou-se de "consciência tranquila" quanto à sua ligação à instituição.
O ministro pediu, entretanto, uma auditoria às contas da Raríssimas para verificar "se do lado do Estado houve alguma fragilidade".
Uma reportagem divulgada em 9 de Dezembro pela TVI deu conta de alegadas irregularidades nas contas da Raríssimas, tendo apresentado documentos que colocam a agora ex-presidente da associação, Paula Brito e Costa, como suspeita de utilizar fundos da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) para fins pessoais.
Entre as irregularidades apontadas, conta-se a compra de vestidos de alta costura, de bens alimentares caros e o pagamento de deslocações, apesar de ter um carro de alta gama pago pela Raríssimas. Além disso Paula Brito e Costa terá também beneficiado de um salário de três mil euros, de 1.300 euros em ajudas de custos e de um Plano Poupança Reforma que rondava os 800 euros mensais.
A TVI avançou ainda que o agora ex-secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado colaborou com a associação como consultor em 2013 e 2015.
Na terça-feira passada tanto Paula Brito e Costa como Manuel Delgado apresentaram a demissão dos cargos.