O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, ficou "muito contente" com a aprovação da Área Metropolitana, por unanimidade, de comparticipar em 2,5 milhões de euros as obras de reabilitação do Coliseu do Porto.
"Fico muito contente que isso fique resolvido porque acho que é uma forma de proteger uma instituição que é da região e não apenas da cidade do Porto", afirmou Pedro Adão e Silva, à margem da sessão protocolar Aveiro 2024 - Capital Portuguesa da Cultura.
Os municípios da AMP aprovaram hoje por unanimidade comparticipar em 2,5 milhões de euros as obras de requalificação do Coliseu do Porto, cabendo à Câmara Municipal do Porto pagar 350 mil euros.
À Lusa, o diretor do Coliseu do Porto, Miguel Guedes, considerou que a Área Metropolitana do Porto (AMP) mostrou hoje o seu "espírito metropolitano".
"É um momento de enorme satisfação e de regozijo metropolitano. Damos por terminada alguma angústia que todos nós sentimos desde dezembro quando a Área Metropolitana do Porto não chegou a um acordo relativamente à comparticipação por parte dos municípios", disse Miguel Guedes.
Dos 17 municípios que compõem a AMP, a autarquia do Porto, liderada pelo independente Rui Moreira, é quem assume a maior fatia (350 mil euros), seguindo-se Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Trofa, Santo Tirso, Gondomar, Vila do Conde e Póvoa de Varzim -- classificados como municípios da primeira coroa metropolitana - com uma comparticipação cada de 175 mil euros, segundo a proposta aprovada hoje no Conselho Metropolitano do Porto e a que a Lusa teve acesso.
Aos municípios da segunda coroa metropolitana - Arouca, Paredes, São João da Madeira, Vale de Cambra, Espinho, Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira - e onde Valongo se quis incluir, cabe-lhes uma comparticipação de 5.000 euros.
A aprovação deste apoio financeiro surge depois de, em dezembro de 2023, sete dos 17 municípios da AMP votarem contra a proposta de comparticipação para as obras de reabilitação do Coliseu do Porto, cujo apoio tinha sido aprovado por unanimidade das autarquias presentes na reunião de trabalho do Conselho Metropolitano do Porto, realizada em 20 de outubro.
À época a decisão foi contestada pela Câmara Municipal de Valongo que, ausente da respetiva reunião de trabalho, defendeu que esta não era válida porque o encontro não tinha poder deliberativo, dado exigir a presença de todos os municípios da AMP.
Ainda nessa ocasião, o presidente da Associação Amigos do Coliseu do Porto pediu consenso na AMP sobre a comparticipação das obras, garantindo assim a candidatura a fundos europeus.