O mau tempo na Madeira causou um apagão e deixou toda a ilha da Madeira sem luz, sendo que o corte geral de eletricidade ocorreu por volta das 20h40 deste sábado. A chuva forte que se faz sentir desde a manhã provocou inundações um pouco por toda a ilha. A luz começou a ser ligada ao final da noite.
O apagão na ilha "teve origem numa falha na linha de transporte de energia elétrica entre a Calheta e o Funchal, que acabou por provocar uma sobrecarga na Central da Vitória", indica o governo regional da Madeira, numa mensagem publicada nas redes sociais.
Depois de várias horas às escuras, a luz começou a ser gradualmente reposta, indica o executivo liderado por Miguel Albuquerque, que foi ao terreno acompanhar os trabalhos.
"O presidente madeirense confirmou ainda cerca de uma centena de ocorrências, que provocou alguns desalojados, mas sem danos pessoais a lamentar", refere a mensagem do governo madeirense.
O apagão que afetou o abastecimento de energia elétrica em toda a Ilha da Madeira terá sido provocado por um relâmpago.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) passou temporariamente o aviso na ilha da Madeira para vermelho até às 21h00 de domingo devido ao agravamento do mau tempo, mas durante a noite voltou a dar um alerta laranja.
Nas redes sociais, há vídeos de garagens e parques de estacionamento inundados, com carros a desaparecer na água. A TVI também adianta que as autoridades cortaram estradas, que se encontram intransitáveis devido à chuva.
O apagão terá obrigado os hospitais e os bombeiros a recorrer ao uso de geradores.
"Neste momento, a fase mais complicada de precipitação, entre 19h30 e as 21h00, está passada", disse o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, em entrevista à SIC.
Segundo o autarca, a Proteção Civil registou quase uma centena de ocorrências, como acidentes rodoviários e pequenos incêndios, mas não há relatos de vítimas ou feridos, o que para o autarca "é bastante positivo".
À Renascença, o comandante dos Bombeiros Sapadores do Funchal, José Minas, também salientou o elevado volume de ocorrências, mas que apesar do muito trabalho que ainda há pela frente, não há casos graves ou danos humanos.
Ficaram desalojadas sete pessoas, das quais seis foram alojadas temporariamente na Pousada da Juventude do Funchal e uma ficou com um familiar. Segundo Miguel Silva Gouveia, os desalojados estavam em "duas moradias que ficaram sem condições de habitabilidade e sem condições de segurança para a sua permanência."
Em alguns pontos no Funchal, também foi registada queda de granizo.
O Jornal da Madeira noticiou que alguns voos com destino ao Funchal foram desviados para o Porto Santo, com o mau tempo a dificultar a aterragem no Aeroporto Internacional Cristiano Ronaldo.
Apesar do mau tempo se registar em todo o arquipélago, a ilha do Porto Santo não registou problemas elétricos.
O autarca do Funchal apelou a ainda "a todos os funchalenses que mantenham a serenidade" e salientou que as autoridades têm "todos os meios disponíveis para rapidamente ultrapassar esta situação", não apontando uma previsão para quando estará restabelecida a energia elétrica.
[Notícia atualizada às 00h13]