Os enfermeiros ameaçam com greve geral se até 4 de julho o ministro da Saúde não retomar as negociações.
Em comunicado, o Sindicato dos Enfermeiros lamenta que Manuel Pizarro não tenha agendado novas conversações com estes profissionais.
À Renascença, Pedro Costa admite, por isso, uma greve geral, prolongada no tempo, de modo a garantir que os direitos dos enfermeiros são cumpridos e respeitados.
“Damos até dia 4 de julho ao senhor ministro para nos dizer quando quer reunir com os enfermeiros, o que é que vai fazer para valorizar a carreira”, diz Pedro Costa.
Se o prazo não for cumprido, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SE) deixa a ameaça que “os três sindicatos, que assinaram o documento entregue ao senhor ministro, vão fazer uma paralisação geral, uma greve geral a nível nacional”, alertando que a acontecer “poderá ainda agravar mais os problemas do Serviço Nacional de Saúde, numa altura que nós sabemos que é crítica todos os anos”.
O sindicalista adverte que a paralisação vai acontecer “numa altura de verão” e “pode ser prolongada pelo tempo necessário até garantirmos que existe uma negociação séria, uma negociação que valorize a carreira”.
Em comunicado, o SE destaca que “há, entre os enfermeiros portugueses, um crescente sentimento de revolta, uma vez que vemos cada vez mais esfumar-se a oportunidade de valorização da nossa carreira, uma reivindicação que entendemos ser mais que merecida”, acrescentando que os enfermeiros “esperam desde 2017 que seja concluído o primeiro Acordo Coletivo de Trabalho para a classe”.
Por isso, a estrutura sindical exorta o Governo a trabalhar de forma antecipada para que, “aquando da elaboração do Orçamento de Estado para 2024, sejam contempladas verbas para a valorização salarial dos níveis remuneratórios dos enfermeiros”.
Se tal não suceder de forma antecipada, “já sabemos que nada vai ser contemplado e que, na altura de discussão do Orçamento vão sempre surgir dificuldades de última hora, que vão adiar mais um ano a tomada de decisões”, lê-se no documento.