Substituição de Marta Temido na Saúde "não será rápida"
30-08-2022 - 08:18
 • Fátima Casanova

A ministra da Saúde apresentou a demissão, esta madrugada, por entender que "deixou de ter condições" para exercer o cargo. O primeiro-ministro já aceitou.

A substituição da ministra da Saúde “certamente não será rápida" disse à Renascença fonte próxima do Primeiro-ministro, adiantando que Marta Temido deverá manter-se no cargo, pelo menos, ainda “durante a primeira semana de setembro”.

A mesma fonte confirmou que António Costa gostaria que “fosse Marta Temido a concluir o processo de definição da nova direção executiva do SNS”, mas a aprovação do diploma “só estava prevista no Conselho de Ministros de 15 de setembro”.

De acordo com a mesma fonte, António Costa está agora focado na deslocação a Moçambique. Parte na quarta-feira para aquele país africano onde participa na cimeira luso-moçambicana, até sexta-feira, só regressando a Lisboa no sábado à noite.

Outro assunto que também esta a mobilizar a atenção do primeiro-ministro é “a preparação do Conselho de Ministros extraordinário, da próxima semana, para aprovar o pacote energético de apoio às famílias”.

Marta Temido apresentou a demissão por entender que "deixou de ter condições" para exercer o cargo, que foi aceite pelo primeiro-ministro.

"A ministra da Saúde apresentou hoje a sua demissão ao Primeiro-ministro por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo", dá conta uma nota enviada às redações na madrugada de hoje.

A saída da ministra da Saúde acontece após a morte de uma mulher após uma cesariana de urgência no Hospital São Francisco Xavier. A grávida de 31 semanas tinha sido transferida de Santa Maria por falta de incubadoras no serviço de Neonatologia e sofreu uma paragem cardiorrespiratória durante o transporte.

Foi ministra durante os três últimos três executivos, liderados pelo socialista António Costa.


[notícia atualizada às 9h50]