A substituição da ministra da Saúde “certamente não será rápida" disse à Renascença fonte próxima do Primeiro-ministro, adiantando que Marta Temido deverá manter-se no cargo, pelo menos, ainda “durante a primeira semana de setembro”.
A mesma fonte confirmou que António Costa gostaria que “fosse Marta Temido a concluir o processo de definição da nova direção executiva do SNS”, mas a aprovação do diploma “só estava prevista no Conselho de Ministros de 15 de setembro”.
De acordo com a mesma fonte, António Costa está agora focado na deslocação a Moçambique. Parte na quarta-feira para aquele país africano onde participa na cimeira luso-moçambicana, até sexta-feira, só regressando a Lisboa no sábado à noite.
Outro assunto que também esta a mobilizar a atenção do primeiro-ministro é “a preparação do Conselho de Ministros extraordinário, da próxima semana, para aprovar o pacote energético de apoio às famílias”.
Marta Temido apresentou a demissão por entender que "deixou de ter condições" para exercer o cargo, que foi aceite pelo primeiro-ministro.
"A ministra da Saúde apresentou hoje a sua demissão ao Primeiro-ministro por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo", dá conta uma nota enviada às redações na madrugada de hoje.
A saída da ministra da Saúde acontece após a morte de uma mulher após uma cesariana de urgência no Hospital São Francisco Xavier. A grávida de 31 semanas tinha sido transferida de Santa Maria por falta de incubadoras no serviço de Neonatologia e sofreu uma paragem cardiorrespiratória durante o transporte.
Foi ministra durante os três últimos três executivos, liderados pelo socialista António Costa.
[notícia atualizada às 9h50]