Escutas telefónicas envolvem chefia do Estado-maior do Exército no caso de Tancos.
A notícia é avançada pela edição em papel deste domingo do “Correio da Manhã”, que relata conversas entre o diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) e o porta-voz desta polícia e que dão conta que o chefe de Estado-maior do Exército e o seu vice, estariam a par do que estava a acontecer.
O jornal transcreve uma das escutas, uma conversa entre o diretor da PJM e um subordinado, em que este atribui a Rovisco Duarte a frase "mas o pior que podia ter acontecido era aparecerem com a bandeira da PJ por cima", referindo-se ás armas. Na mesma escuta, Luís Vieira diz que respondeu "mas isso evitou-se. Agora o que possa vir por cima, a gente estamos é cá para aguentar. Temos nervos de aço para isso, não há problema, não é?"
Durante os interrogatórios em tribunal os arguidos terão sido confrontados com estas escutas, mas recusaram revelar nomes ou confirmar que a hierarquia do exército sabia da encenação na recuperação de armas.
Também o jornal digital “Observador” se refere à existência destas escutas telefónicas que alegadamente invocam a chefia do Exército. O jornal questionou fonte oficial do Exército, que responde que este ramo das Forças Armadas "não teve qualquer envolvimento ou participação no processo que levou à recuperação do material de guerra".
A Renascença pediu uma reação ao Estado-maior do Exército, mas este recusou comentar o assunto.
[Notícia atualizada às 13h42]