A Federação Académica do Porto (FAP) pede aos partidos políticos um “compromisso sério com a juventude”.
Numa carta enviada aos partidos com assento parlamentar, a FAP lembra a falta de poder de compra dos jovens, a saída tardia de casa dos pais e a crescente emigração daquela que é a “Geração Trinta, a primeira geração a viver pior do que a anterior”.
O presidente da FAP, Francisco Porto Fernandes, as “estatísticas refletem uma realidade preocupante, que indica que o país não proporciona um ambiente favorável para o crescimento e prosperidade da juventude em Portugal”.
O presidente apela ao futuro Governo que crie uma Secretaria de Estado autónoma para a juventude sob a tutela do primeiro-ministro, diferente do que acontece no Governo que agora cessa funções, onde a tutela da juventude se encontra integrada no Ministério dos Assuntos Parlamentares, na Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto.
“É fundamental inserir a tutela da juventude num contexto que permita uma visão holística da juventude para o país. Além disso, é crucial que o responsável político pela juventude detenha peso político suficiente para implementar as reformas necessárias, tão esperadas pelos jovens portugueses”, explica, no documento, Francisco Porto Fernandes.
Assim, o presidente da Federação Académica do Porto considera ser “imperativo que a juventude se torne um desígnio nacional e que o próximo Governo assuma a responsabilidade de criar condições propícias para que os jovens possam construir os seus projetos de vida em Portugal”.