Quando vai ao supermercado comprar abacates do México, bananas do Equador, mangas do Brasil, pêras da África do Sul ou romãs de Israel pode agradecer ao comércio internacional.
Mas o que é isso? “É o comércio entre a União Europeia e os EUA, entre os Estados Unidos, a União Europeia e a China… portanto, entre nações do mundo. É um bocadinho diferente de comércio interno, na medida em que as fronteiras existem e, portanto, há algumas barreiras naturais outras artificiais”, descreve o professor de Economia, da Nova School of Business and Economics, Luís Campos e Cunha.
Uma dessas barreiras artificiais podem ser as tarifas, como aquelas que o presidente norte-americano, Donald Trump, quer impor e que podem deixar todos numa situação pior.
Ou seja, entramos numa guerra comercial, que pode ser tão devastadora como uma guerra convencional.
O comércio internacional tem de ter regras. Por exemplo, para proteger os países mais pobres e, desde que elas sejam cumpridas e justas, todos podem ficar numa situação melhor.
Uma das ideias mais extraordinárias tem 200 anos e refere-se à vantagem comparativa: quando um país produz, por exemplo, camisolas de forma mais eficiente do que o vizinho, que é melhor a produzir vinho, a teoria económica evoluiu muito desde então.
Da próxima vez que for ao supermercado, exercite a sua curiosidade e veja a origem dos produtos. Pode ficar surpreendido com os milhares de quilómetros que já percorreram até chegar às suas mãos.
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