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O presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Fernando Regateiro, manifesta-se contra a eventual legalização da eutanásia.
Em declarações à Renascença,o médico descreve essa possibilidade como “um processo que pode levar a práticas que desumanizam o relacionamento humano e entre as instituições de saúde”.
“Por isso, eu também não sou a favor da eutanásia”, rematou.
Também em entrevista à Renascença, o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes admitiu ser “desfavorável à legalização da eutanásia”.
A discussão da legalizaçãodeve acontecer no Parlamento até junho.
Encontro mundial em Coimbra
Coimbra recebe na quinta e na sexta-feira, no Convento São Francisco, o encontro regional anual da Cimeira Mundial da Saúde, com cerca de 700 peritos mundiais e que vai ter como tema principal a saúde global dos países africanos.
O encontro, organizado pelo consórcio Universidade de Coimbra (UC)/Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que integra a Aliança-M8 [G-8 da saúde], é uma oportunidade para aprofundar laços com os países africanos de língua oficial portuguesa e para a afirmação da saúde portuguesa no contexto mundial.
"É um momento de afirmação de Coimbra no mundo, porque é a primeira vez que estas cimeiras têm um enfoque tão grande em África. Portanto, a dimensão estratégica de Portugal nesta ligação entre a Europa e África é assumida em pleno por Coimbra", disse à agência Lusa o reitor da UC, João Gabriel Silva.
Segundo o académico, a cimeira abre a possibilidade de Portugal "ter um papel relevante na discussão sobre a saúde global", além de constituir, "para Coimbra, para a região e para a Universidade um passo importante no caminho da internacionalização que se tem vindo a seguir".
Salientando o trabalho de "vários anos" para chegar a esta fase, o presidente do CHUC, Fernando Regateiro, frisou que a realização desta cimeira "abre caminhos que ajudam a projetar a instituição além-fronteiras e a sua imagem no próprio país".
"Ao escolhermos as temáticas para este encontro, tivemos uma grande vantagem competitiva na nossa proposta, que foi o conhecimento profundo, o relacionamento intenso e a proximidade com os povos de África, particularmente os falantes de língua portuguesa", sustentou.
"Vamos ser, de facto, mediadores desse relacionamento e levar também para África, com a nossa experiência, o apoio, o contributo, todo o saber e empenho de outros povos e de outros recursos para além dos nossos", sublinhou Fernando Regateiro.