Ciberataque. Vodafone reafirma que dados de clientes não terão sido corrompidos
09-02-2022 - 10:26
 • Filipa Ribeiro , Marta Grosso

O grupo de piratas informáticos Lapsu$ escreveu a palavra “Vodafone” na sua conta no Telegram, mas sem reivindicar o ciberataque. “É um ato que repudiamos; um ato terrorista inqualificável”, diz o presidente da empresa de telecomunicações.

Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone, reafirma não haver qualquer indicação de que possam ter ficado comprometidos os dados dos clientes, na sequência do ciberataque de que a empresa foi alvo na noite de segunda-feira.

“Apesar de a investigação continuar, não temos qualquer indício, a esta data, de que tenha havido extração ou corrupção de dados de clientes”, refere num vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira.

“Nós fomos alvo de um ciberataque de grande dimensão, grande dispersão, intencional, criminoso, com o objetivo – pelo menos com o resultado – de conseguir inviável a esmagadora maioria dos nossos serviços de comunicações”, afirma ainda o presidente da empresa, voltando a falar em terrorismo

“É um ato que repudiamos; um ato terrorista inqualificável”, diz.


Mário Vaz garante, por fim, a “total determinação de todos os colaboradores da Vodafone de garantir, no mais curto espaço de tempo, a reposição integral dos serviços”.

Segundo a Polícia Judiciária, não houve um pedido de resgate na sequência do ataque e não há, até ao momento, indícios de que o ataque feito à Vodafone esteja relacionado com outros ataques recentes, dirigidos a órgãos de comunicação social, embora não exclua essa possibilidade.

À frente do ciberataque à Impresa esteve o grupo Lapsu$, que, nesta quarta-feira de manhã, escreveu a palavra “Vodafone” na sua conta no Telegram, sem mais nada e sem reivindicar o ato.

A investigação decorre com apoio internacional da Europol e da Interpol.