Os preços elevados dos metais preciosos presentes nos catalisadores dos automóveis está a levar a um aumento de assaltos a viaturas.
O jornal Diário de Notícias revela que a atividade aumentou de tal forma, neste ano, a Polícia de Segurança Pública decidiu criar equipas especializadas para investigar este crime (designadas SRICA).
Só nos primeiros oito meses deste ano, a PSP já recebeu 3.206 queixas motivadas pelo furto de catalisadores de automóveis, um aumento exponencial face às 839 queixas de todo o ano de 2020.
De acordo com as informações disponibilizadas ao DN por fonte oficial daquela força de segurança, as Equipas Regionais de Investigação à Criminalidade Automóvel (SRICA) tinham referenciados, até a setembro, 449 suspeitos de participarem nesta atividade. No grupo contabilizam-se as pessoas que retiraram os catalisadores dos carros, os recetores desses equipamentos, os revendedores e indivíduos que "dissimulam a proveniência dos lucros".
O roubo de catalisadores dos carros é explicado pelos preços elevados dos metais preciosos neles presentes, nomeadamente platina, paládio e ródio.
Os furtos têm ocorrido em todo o país, com particular incidência na Área Metropolitana de Lisboa, estando referenciados grupos que atuam com grande mobilidade por todo o território.
Os automóveis mais procurados por este tipo de crime são os registados entre 1998 e 2001.
Ainda de acordo com o DN, a polícia está preocupada também com o impacto que este fenómeno pode ter em termos ambientais e está a partilhar a informação com Agência Portuguesa do Ambiente.