O G7 condena o ataque levado a cabo pelo Irão no sábado contra Israel e reafirma o compromisso com a segurança do Estado judaico.
Os líderes do G7 estiveram reunidos este domingo para analisar a escalada de tensão no Médio Oriente.
Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), a Casa Branca adianta que G7 condena o ataque do Irão contra Israel e reafirma o compromisso com a segurança do Estado judaico.
O grupo das sete grandes economias mundiais alerta, em comunicado, que o Irão arrisca causar uma "escalada incontrolável na região" e apela à contenção nesta altura de crise.
O G7 exige que Teerão e os seus aliados cessem os seus ataques imediatamente e vai trabalhar para estabilizar a situação no Médio Oriente e evitar um agravamento da situação.
Estes países vão continuar a trabalhar para conseguir um cessar-fogo imediato e sustentável na Faixa de Gaza.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, diz que os países do G7 continuarão "a trabalhar no sentido de desanuviar a situação".
"Com os líderes do G7, condenamos unanimemente o ataque sem precedentes do Irão contra Israel. Todas as partes devem dar provas de contenção. Continuaremos a envidar todos os nossos esforços para trabalhar no sentido de desanuviar a situação. Acabar com a crise em Gaza o mais rapidamente possível, nomeadamente através de um cessar-fogo imediato, fará a diferença. A situação no Médio Oriente, incluindo o Líbano, será debatida no Conselho Europeu da próxima semana", indica Charles Michel.
A reunião do G7 tinha sido pedida no sábado pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional, na Casa Branca.
O G7 é o grupo das sete grandes economias mundiais. Além dos Estados Unidos, é composto pela Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também está representada.
O Irão lançou no sábado mais de 200 mísseis e "drones" com bombas contra Israel, num ataque direto sem precedentes.
O ataque do Irão contra território israelita acontece no dia em que um cargueiro com bandeira portuguesa foi capturado por forças iranianas no Estreito de Ormuz.
Portugal exige ao Irão a libertação imediata dos tripulantes e do navio, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros este sábado à tarde. Em causa está um "aprisionamento completamente contrário ao Direito Internacional", afirma Paulo Rangel.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal renovou na sexta-feira o alerta que os portugueses "devem continuar a evitar todas as viagens não essenciais a Israel" e outros países da região. Israel está sob alerta para uma retaliação do Irão, depois do ataque de 1 de abril ao consolado iraniano em Damasco, na Síria.