“Não vou dizer que falhou estrondosamente, que foi uma desgraça. Vamos ser sérios, falhou isso é indiscutível, nos serviços públicos e à cabaça está o Serviço Nacional de Saúde”, disse o presidente do PSD aos jornalistas.
A poucos dias da dissolução da Assembleia da República, o PSD decidiu levar a debate o atual estado do Serviço Nacional de Saúde. Rui Rio diz que o SNS precisa de mais dinheiro, mas também de uma melhor organização e gestão.
O líder do PSD garante que o essencial é gerir bem os recursos que existem e depois apostar em parcerias com o privado e o sector social. Ainda assim, ressalva que há que ter cuidado com o caderno de encargos.
"Eu não digo que porque é uma parceria público-privada é necessariamente má. Mas não podemos fazer uma negociação em que os privados ficam com o que é simples e dá dinheiro e o público com o que é difícil."
"Temos de ter isso presente. Mas é verdade que a capacidade instalada que o país tem, deve ser devidamente aproveitada. Não faz sentido que uma pessoa esteja a sofrer, e que não haja um entendimento entre o público e o privado", analisa.
Estas serão ideias para o programa eleitoral do PSD, para já o partido quer respostas do Governo sobre o que diz ser o caos em muitos hospitais, a falta de médicos de família sem esquecer quais as medidas que serão tomadas para conter a pandemia.
O deputado social-democrata Ricardo Batista Leite diz que este é o momento de trazer este tema para a campanha. "Quais são as visões que os partidos começam a apresentar agora que nos aproximamos da apresentação dos programas e esse debate tem de ser feito na Assembleia da República."
Além disso, o PSD quer ainda explicações da ministra da Saúde, Marta Temido, quanto ao projecto de decreto sobre estatuto do SNS, que está em consulta pública até 21 deste mês e o PSD receia que o Governo aprove o diploma quando o parlamento está impedido de pedir a apreciação de leis.