​Ainda e sempre a crise dos refugiados
02-03-2016 - 10:53

A crise migratória e de refugiados rumo à União Europeia continua a ser um dos destaques na Imprensa. A UE está a ter dificuldades em lidar com o problema e está cada vez mais dividida.

O “El Pais” conta que a União Europeia vai aprovar esta quarta-feira um fundo de 700 milhões de euros para gerir a crise dos refugiados. Uma verba para três anos. O bloqueio de várias fronteiras deixou milhares de pessoas bloqueadas na Grécia. Segundo as contas do Governo de Atenas são cerca de 27.000 pessoas. É por aqui que todos os dias entram na Europa 2.000 pessoas, dez vezes mais do que no ano passado.

A Euronews dá conta das críticas da Chanceler alemã. Angela Merkel condena as decisões de vários países do leste da Europa, que encerraram as fronteiras. Merkel reuniu-se com o Primeiro-ministro croata e mostrou preocupação com o elevado número de refugiados que estão na Grécia impedidos de seguir caminho.

O “Público” traz esta manhã o alerta do ACNUR. O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados avisa que a Europa está a beira de uma crise humanitária auto-induzida. A Grécia arrisca-se a ser o palco de uma crise humanitária provocada em grande parte pela falta de solidariedade europeia e pela incapacidade dos Estados-membros aplicarem as medidas tomadas.

O “Diário de Notícias” promoveu um debate sobre o espaço europeu de liberdade de circulação e segurança. A secretária de Estado dos Assuntos Europeus diz que é preciso substituir a agenda eurocéptica. Margarida Marques lembra que, numa altura em que comemoramos os 30 anos de integração europeia, a Europa vive uma crise do euro, dos refugiados, dos atentados terroristas e a incerteza dos britânicos em continuarem na União. Mas os momentos de crise são também momentos de desafio, exigem mais integração. A secretária de Estado dos Assuntos Europeus defendeu por isso mais informação num país onde só 42% da população têm imagem positiva da União Europeia.

O “Diário Económico” diz que o Governo e as Infra-estruturas de Portugal estão numa corrida contra o tempo para atenuar a sanção de 5,4 milhões de euros da Comissão Europeia. Em causa está a falta de um contrato entre a gestora das infra-estruturas ferroviárias e o Estado. Desde 2012 que o Tribunal de Justiça Europeu está a avisar Portugal para a necessidade deste contrato.