A Procuradoria-Geral da República (PGR) está a recolher informações para verificar se há motivos para investigar o caso das viagens pagas pela Galp a membros do Governo.
O Ministério Público encontra-se a recolher elementos, tendo em vista apurar se há, ou não, procedimentos a desencadear no âmbito das suas respectivas competências, refere a PGR numa nota enviada à Renascença.
O gabinete do primeiro-ministro, António Costa, não comenta o caso das viagens dos secretários de Estado a França, a convite da GALP, para assistirem a jogos da selecção portuguesa no Europeu de Futebol, remetendo para as declarações dos visados.
Nesta altura serão já três os secretários de Estado envolvidos nesta polémica. De acordo com o “Expresso”, também Jorge Costa Oliveira, secretário de Estado da Internacionalização, integrou a lista de convidados da Galp para assistir ao Portugal-Hungria, juntando-se assim aos nomes de Rocha Andrade, Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e a Jorge Oliveira, secretário de Estado da Industria.
De entre todos os envolvidos é o caso de Rocha Andrade que mais polémica está a causar dado que a Galp mantém um conflito com o Estado por se recusar a pagar um imposto no valor de 100 milhões de Euros; um assunto da responsabilidade directa do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
O primeiro caso de viagens pagas pela Galp foi o de Rocha, avançado pela revista "Sábado". Na reacção, o governante anunciou que vai reembolsar a empresa.
O CDS exige a demissão do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e o PSD considera que há indícios de crime.