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A vice-presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) garante que tem havido colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa no combate à pandemia de Covid-19 e diz que o objetivo é reforçar as medidas nos próximos dias.
É a resposta às críticas do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que condenou a maneira como tem sido gerida a pandemia na região de Lisboa e sugeriu uma alteração das chefias nas autoridades de saúde.
Em entrevista à Renascença, Laura Silveira assegurou que o novo bolo de medidas para as 19 freguesias de Lisboa, Amadora, Loures, Odivelas e Sintra contempla "intervenção conjunta" de todas as autoridades, para "resolver os problemas específicos encontrados nestas áreas, de modo a reduzir o número de casos".
"Estão organizados reforços em horas de trabalho, para as pessoas que estão a apoiar as equipa de saúde pública poderem ter uma intervenção mais rápida na identificação dos casos e dos seus contactos e, depois, no terreno, haver uma ação de proximidade para obtermos resultados mais rapidamente, que é o que todos nós desejamos", afirmou depois de Fernando Medina ter criticado a ação no terreno e a demora nos resultados dos testes e dos inquéritos.
"A Câmara Municipal de Lisboa tem tido um trabalho imenso durante todo este tempo e temos tido uma colaboração muitissímo grande entre todas as entidades", reforçou a responsável da ARS da região LVT.
Transferência de doentes não é sinal de descoordenação
O Ministério da Saúde diz que a capacidade dos hospitais está longe de atingir a saturação, no entanto, há doentes a ser transferidos para Santarém. A vice-presidente da ARS de LVT nega que isso seja sinal de falta de coordenação entre as várias entidades.
No entender de Laura Silveira, a transferência de pacientes entre hospitais é a evidência de que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os seus hospitais "funcionam de facto em rede" e em estrita colaboração.
"Todos os dias trabalhamos em rede, portanto há colaboração entre os hospitais e, quando se identifica que num hospital existe um fluxo maior do que o considerado adequado, tem-se feito transferências. As equipas de Santarém e de todos os hospitais da rede do SNS na região de Lisboa têm feito um grande trabalho", enalteceu a responsável.
A vice-presidente da ARS de LVT salientou, de resto, que não têm havido "grandes oscilações" no número de internados e de internados em unidade de cuidados intensivos nos hospitais de Lisboa.
"Os números têm estado mais elevados do que gostaríamos, mas estáveis", vincou.