A fase Charlie de combate aos fogos termina esta sexta-feira com 150 mil hectares ardidos como consequência de quase 15 mil incêndios.
Os números reflectem um Verão muito complicado para os bombeiros, sobretudo no mês de Agosto, que teve 106 mil hectares ardidos. Já em Setembro arderam outros 27 mil hectares. Estes dados atiraram o ano em curso para a lista dos piores.
Há 10 anos que não ardia tanto. Quase metade do que ardeu foi mesmo mancha florestal e não apenas mato.
Nesta fase Charlie foram 177 os grandes incêndios registados (aqueles que consomem mais de 100 hectares), a Protecção Civil esteve 45 dias em estado de alerta especial e houve necessidade de pedir ajuda de meios aéreos internacionais.
Diferente é o caso do número de incêndios. Se a área ardida é 60% superior à do ano passado e mais do dobro da média dos últimos 10 anos, no que diz respeito aos incêndios, os 15 mil registados até agora, ficam abaixo da média da década.
Mais duas notas: o dispositivo de bombeiros não registou qualquer vítima mortal – o que era o principal objectivo do Comando Nacional de Operações - e a Polícia Judiciária atingiu um dos valores mais altos de sempre na detenção de presumíveis incendiários: 80, 33 dos quais ficou em prisão preventiva.