António Costa afastou qualquer cenário de sucessão e apontou o foco do Partido Socialista para as eleições autárquicas, de setembro, e para a "reconstrução do país".
"Tenho de estar 200% comprometido com a reconstrução do país", realçou, em entrevista à RTP.
O primeiro-ministro não quis dar aso a um cenário de sucessão, depois do fim do atual mandato, daqui a dois anos.
"Então, acabei de ser reeleito", brincou o secretário-geral do PS.
Perspetivando as eleições autárquicas que se avizinham, António Costa admitiu que "o PS concorre em cada concelho e freguesia sempre para ganhar".
"Tivemos o melhor resultado de sempre, em 2013. Depois, em 2017, tivemos um ainda melhor. Não é impossível bater um recorde, mas o nosso objetivo é muito claro. Manter a maioria das câmaras", perspetivou.
Como já tinha dito anteriormente, o primeiro-ministro considerou que "o PS é o único partido com uma política nacional para o país".
O primeiro-ministro "não se preocupa com os outros" e, por isso, não quis comentar uma possível crise à direita do PS.
António Costa está confiante que se chegue a um acordo para o Orçamento de Estado de 2022 e que, se o PIB crescer, a carga fiscal vai baixar.
"Não há nenhuma razão para que não haja um bom acordo. Provamos que era possível recusar a austeridade e investir na solidariedade para investir nesta crise. Temos neste momento condições de investir em aspetos fundamentais", considerou.
António Costa voltou a defender o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, realçando que Portugal é o "quarto país mais seguro do mundo" e que tem sido feito um trabalho importante de prevenção de incêndios, nos últimos anos.
O secretário-geral do PS admitiu ainda estar "preocupado" com o estado de saúde de Jorge Sampaio.