“A União Europeia deve deportar todos os imigrantes ilegais, conduzi-los a uma área de refugiados supervisionada onde depois podem aguardar por asilo”, defende o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, numa entrevista publicada esta quinta-feira.
“Pode ser uma ilha, uma zona costeira do Norte de África, mas com apoio europeu”, descreve.
Na entrevista ao portal Origo, o chefe do Governo da Hungria insiste que esses campos de refugiados devem situar-se fora do espaço comunitário, mas com segurança e apoio financeiro da Europa.
O número de refugiados e migrantes que chegaram às costas europeias até esta semana, ultrapassou a barreira dos 300 mil. Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), desde o início do ano morreram ou desapareceram nas águas 3.211 migrantes.
No dia 2 de Outubro, a Hungria referenda o sistema de quotas de refugiados nos Estados-membros da União Europeia. "Aceita que a União Europeia decida sobre a relocalização obrigatória de cidadãos não-húngaros na Hungria sem a aprovação do Parlamento Nacional?" é a pergunta.
De acordo com as sondagens, a maioria dos inquiridos deverá responder que não – um resultado com implicações pouco claras no que toca ao futuro estatuto da Hungria na UE.
Na entrevista ao Origo, Viktor Orban também não abre o jogo e diz que, primeiro, a Europa tem decidir como quer reformar, o que vai estar em debate em Março do próximo ano.
Ainda assim, o primeiro-ministro húngaro considera que a União Europeia tem tomado más decisões no que toca à crise migratória.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), desde o início do ano morreram ou desapareceram nas águas 3.211 migrantes.