PS viabiliza orçamento da Câmara de Lisboa, apesar da "incompetência" de Moedas
27-11-2024 - 22:50
 • Ricardo Vieira

Com a viabilização do orçamento para o próximo ano, Carlos Moedas não terá "qualquer álibi para, mais uma vez, não cumprir as promessas que fez", argumentam os socialistas.

O Partido Socialista vai abster-se e viabilizar o orçamento da Câmara de Lisboa para 2025. A decisão foi aprovada esta quarta-feira à noite pela comissão política da concelhia do PS. São também deixadas duras críticas ao autarca Carlos Moedas: incompetência, "propaganda" e "resultados desastrosos".

"A abstenção do Partido Socialista não significa, no entanto, um cheque em branco", refere a concelhia, em comunicado enviado à Renascença.

Com a viabilização do orçamento para o próximo ano, Carlos Moedas não terá "qualquer álibi para, mais uma vez, não cumprir as promessas que fez", argumentam os socialistas.

"Ficará claro, mais uma vez, que a incompetência e a incapacidade de Carlos Moedas são a única força de bloqueio à governação de Lisboa", acusa a comissão política da concelhia do PS.

Os socialistas fazem um balanço negativo do mandato do autarca social-democrata. "À exceção da sua própria imagem, Carlos Moedas não conseguiu construir nada. Vai deixar uma cidade sem obra e sem rumo", afirmam.

Entre os problemas identificados estão "o lixo que se acumula na cidade", "projetos de habitação parados", falta de investimento em equipamentos sociais, o "trânsito caótico" e "problemas de mobilidade que se multiplicam, além de uma "preferência indisfarçável pelo Alojamento Local em vez de uma política de habitação com rendas acessíveis aos lisboetas".

O PS considera que Carlos Moedas "volta a não ser um bom orçamento, com prioridades que não são as de Lisboa nem as dos lisboetas", mas anuncia a abstenção porque "manda o sentido de responsabilidade que o Partido Socialista coloque os atuais interesses da cidade acima de qualquer conveniência partidária".

Com a decisão conhecida esta quarta-feira, os socialistas aprovam o quarto Orçamento de Carlos Moedas na Câmara de Lisboa.