O Presidente da República pediu que Governo e sindicatos de professores prossigam o diálogo, evitem radicalizar posições e procurem um acordo a "meio caminho" entre as respetivas posições de partida.
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, manifestou a esperança de que "se chegue a uma conclusão positiva" em breve, "em vez de ser daqui a um mês, dois meses, três meses, quatro meses, ser daqui a uma semana ou duas, ou dias".
O chefe de Estado defendeu que "importa que a escola pública não seja prejudicada" e considerou que esta é uma "corrida contrarrelógio" para que "haja condições para que este período não seja substancialmente perdido".
Segundo o Presidente da República, inicialmente parecia "que não havia maneira de se entenderem, que não estavam a falar a mesma a mesma linguagem", e "aí a luta dos professores teve um mérito, como teve um mérito o facto de o Governo ter agora tomado a consciência de que devia avançar com formulações escritas e propostas escritas mais concretas em pontos sensíveis para os professores".
"Há um ponto de partida. E aquilo que eu desejo é que o diálogo continue, porque todos têm interesse em que se chegue, se não à solução perfeita, que vai ser difícil, que agrade a todos, vai ser impossível, que agrade no maior número de pontos ao maior número de interessados", afirmou.
Marcelo acrescentou que "os interessados são os professores, são os outros que trabalham, e muito, nas escolas com eles, são os pais, os encarregados de educação, são os alunos".