PSD rejeita que haja acordo nacional com o Chega
06-11-2020 - 19:24
 • Susana Madureira Martins , Filipe d'Avillez

Os social-democratas chegaram a acordo com o partido de André Ventura nos Açores, mas dizem que é apenas para a viabilização de uma nova AD.

A pluralidade partidária nos parlamentos nacionais e regionais é uma nova responsabilidade para os grandes partidos.

É assim que o PSD explica o acordo a que chegou com o Chega para encontrar uma solução de Governo nos Açores.

O vice-presidente do partido, André Coelho Lima, disse esta tarde aos jornalistas que essa pluralidade obriga a encontrar entendimentos. "A pluralidade partidária, nos parlamentos nacionais, no nacional e nos regionais, é uma nova responsabilidade para os grandes partidos e uma nova exigência para todos nós. E essa pluralidade representa entendimentos ou a inexistência de entendimentos em função de matérias concretas."

"O PSD é um partido fundamental e fundador da democracia portuguesa, e tem princípios que não transige, e nessa matéria não há entendimento possível nas áreas em que o PSD naturalmente nunca poderá ter entendimento com o Chega ou com outros partidos que defendam matérias com os quais o PSD manifestamente não concorda", diz.

André Coelho Lima afasta a existência de uma negociação a nível nacional com o partido liderado por André Ventura, e diz que a proposta de revisão constitucional do PSD, nomeadamente para redução do número de deputados, não constituiu qualquer moeda de troca para o acordo com o Chega nos Açores:

"Não há nenhum entendimento nacional entre o PSD e o Chega. Há um processo de revisão constitucional, que o PSD seguirá e que, sim, como disse já, tem princípios que podem merecer o

O que existe diz Coelho Lima é a reedição da Aliança Democrática nos Açores, que inclui PSD, CDS e PPM. O acordo com o Chega, insiste o social-democrata, é para a viabilização desta Aliança Democrática renovada, sem haver contudo um compromisso para uma legislatura.