A pluralidade partidária nos parlamentos nacionais e regionais é uma nova responsabilidade para os grandes partidos.
É assim que o PSD explica o acordo a que chegou com o Chega para encontrar uma solução de Governo nos Açores.
O vice-presidente do partido, André Coelho Lima, disse esta tarde aos jornalistas que essa pluralidade obriga a encontrar entendimentos. "A pluralidade partidária, nos parlamentos nacionais, no nacional e nos regionais, é uma nova responsabilidade para os grandes partidos e uma nova exigência para todos nós. E essa pluralidade representa entendimentos ou a inexistência de entendimentos em função de matérias concretas."
"O PSD é um partido fundamental e fundador da democracia portuguesa, e tem princípios que não transige, e nessa matéria não há entendimento possível nas áreas em que o PSD naturalmente nunca poderá ter entendimento com o Chega ou com outros partidos que defendam matérias com os quais o PSD manifestamente não concorda", diz.
André Coelho Lima afasta a existência de uma negociação a nível nacional com o partido liderado por André Ventura, e diz que a proposta de revisão constitucional do PSD, nomeadamente para redução do número de deputados, não constituiu qualquer moeda de troca para o acordo com o Chega nos Açores:
"Não há nenhum entendimento nacional entre o PSD e o Chega. Há um processo de revisão constitucional, que o PSD seguirá e que, sim, como disse já, tem princípios que podem merecer o
O que existe diz Coelho Lima é a reedição da Aliança Democrática nos Açores, que inclui PSD, CDS e PPM. O acordo com o Chega, insiste o social-democrata, é para a viabilização desta Aliança Democrática renovada, sem haver contudo um compromisso para uma legislatura.