Mais incêndios e mais inundações na Área Metropolitana de Lisboa - são estes os impactos previstos na sequência das alterações climáticas. Os especialistas estimam que a temperatura pode subir até três graus, provocando maiores períodos de seca e também a subida do nível médio das águas, com implicações para os habitantes das zonas ribeirinhas do Tejo e do Sado.
Ao longo de quase dois anos, os 18 municípios da área metropolitana fizeram um diagnóstico e a questão da subida das águas lidera as preocupações, como assume Carlos Humberto Carvalho.
O primeiro secretário da Área Metropolitana de Lisboa apresenta, esta sexta-feira, o plano metropolitano de adaptação às alterações climáticas.
“Eu acho que a subida do nível médio das águas é claramente um dos aspetos mais referenciados nas reuniões que fomos tratando”, disse em entrevista à Renascença.
Esta sexta-feira os 18 municípios vão assinar um compromisso que ainda não tem medidas concretas, mas princípios orientadores de ação.
Para Humberto Carvalho “é preciso uma governação supramunicipal para algumas matérias, mas com uma atuação local”. Para além do papel ativo das instituições, o secretário da área metropolitana de Lisboa defende que é essencial sensibilizar os cidadãos.
“É absolutamente central que nós ganhemos as pessoas, os cidadãos, as instituições para isto. Um dos objetivos é também consciencializar, permitir que cada um de nós seja um ativo interventor sobre estas matérias”, acrescenta.
Carlos Humberto Carvalho apresenta, esta sexta-feira, o plano metropolitano de adaptação às alterações climáticas. “Sustentabilidade, equidade territorial e justiça social” são as prioridades em destaque no documento.