O ministro da Defesa está a verificar com os três ramos das Forças Armadas os aperfeiçoamentos e melhorias feitas visando o reforço da segurança, na sequência do furto de Tancos.
"Estamos a fazer os trabalhos necessários nos três ramos e no devido momento daremos a conhecer à comunicação social as melhorias que foram feitas, as respostas necessárias àquilo que se passou", afirma João Gomes Cravinho.
Questionado sobre se a avaliação se centra no reforço da segurança das instalações, na sequência do furto de Tancos, João Gomes Cravinho precisou que o trabalho em curso com os ramos visa a "verificação de todos os procedimentos e ao aperfeiçoamento no caso em que é necessário esse aperfeiçoamento".
O ministro da Defesa, que tomou posse do cargo no dia 15 de outubro, falava aos jornalistas no final da cerimónia que marcou a abertura do ano letivo 2018/2019 na Escola Naval, em Almada.
O furto de material militar dos paióis de Tancos foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017. Três meses e meio depois, em 18 de outubro, a Polícia Judiciária Militar (PJM) anunciou a recuperação da maior parte do material de guerra, numa operação que está a ser investigada judicialmente, havendo nove arguidos.
Depois da desativação dos paióis nacionais de Tancos, determinada pelo anterior CEME, Rovisco Duarte, o material de guerra do Exército foi transferido para os paióis do ramo localizados em Santa Margarida e da Marinha (Marco do Grilo).
Quanto à auditoria à Polícia Judiciária Militar determinada pelo seu antecessor, Azeredo Lopes, o novo ministro disse que não tem "um prazo imediato" para conclusão, sublinhando que "o importante é que os trabalhos sejam bem feitos".
Sobre a auditoria à PJM, o ministro da Defesa Nacional já tinha afirmado que esperava os resultados até ao final do ano.