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As autoridades da Espanha, Alemanha, França e Itália suspenderam, esta segunda-feira, a vacina da AstraZeneca para a Covid-19.
O Ministério da Saúde de Berlim tomou a medida, por recomendação do Instituto Paul Ehrlich, enquanto decorrem investigações adicionais a casos de reações adversas.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a suspensão da vacina da AstraZeneca por precaução, enquanto aguarda por uma decisão da Agência Europeia do Medicamento (EMA).
"Por recomendação do ministro da Saúde, em conjunto com as autoridades de saúde francesas, a decisão tomada, de acordo com nossa política europeia, é suspender a vacinação com AstraZeneca por precaução, na esperança de retomá-la o mais rápido possível, se o parecer for favorável", declarou Macron.
A Agência Italiana de Medicamentos (AIFA) anunciou a suspensão da utilização de todos os lotes da AstraZeneca por "precaução", até que sejam esclarecidos os possíveis riscos da vacina. Antes, Itália tinha apenas suspendido do lote ABV2856, que se julgava estar danificado e na origem dos incidentes tromboembólicos detetados noutros países europeus.
Em Espanha, segundo o jornal "El Mundo", a ministra da Saúde espanhola informou, esta segunda-feira, os representantes das comunidades autónomas sobre a suspensão da administração da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 durante 15 dias.
Espanha, Alemanha, França e Itália são os mais recentes países europeu a suspender a vacina da AstraZeneca para a Covid-19, depois de terem sido registados várias situações de coágulos sanguíneos em pessoas que tomaram o fármaco.
Em Portugal, a Direção-Geral de Saúde (DGS) e o Infarmed afirmaram no domingo que a vacina da AstraZeneca pode continuar a ser administrada e frisaram que não há evidência de ligação com os casos tromboembólicos registados noutros países.
No comunicado conjunto, a DGS e o Infarmed recordam que os casos notificados na Noruega "estão a ser avaliados pelo Comité de Segurança, PRAC, da Agência Europeia de Avaliação de Medicamentos (EMA)", esperando-se uma conclusão durante esta semana.
"O número de eventos tromboembólicos comunicados na população vacinada na União Europeia (cerca de 5 milhões de doses) e no Reino Unido (cerca de 11 milhões de doses) continua a não ser superior ao verificado na população em geral", sublinham.
A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo grupo farmacêutico AstraZeneca com a Universidade de Oxford é segura, garantiu esta segunda-feira um responsável da universidade que participou na investigação, após preocupações que levaram à suspensão do uso em vários países.
Há "evidências muito tranquilizadoras de que não há aumento no fenómeno do coágulo sanguíneo aqui no Reino Unido, onde a maioria das doses na Europa foram administradas até agora", disse esta segunda-feira à BBC Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group, que desenvolveu a vacina com a AstraZeneca.
Os ministros da Saúde da União Europeia (UE) vão reunir-se na terça-feira em videoconferência organizada pela presidência portuguesa do Conselho, numa altura de novas polémicas com a farmacêutica AstraZeneca por atrasos e problemas nas vacinas contra a covid-19.
À semelhança de outros encontros regulares, a pandemia será o assunto dominante nesta reunião virtual, na qual se discutirá o “caminho a seguir” no combate à covid-19, perante a “preocupante propagação do vírus nos países da UE”, segundo a agenda do encontro.
[notícia atualizada]