Nova PGR. Sindicato dos Magistrados antevê um mandato cheio de desafios
21-09-2018 - 08:10

Lucília Gago, com uma carreira de quase 40 anos na Justiça, sucede a Joana Marques Vidal como Procuradora-geral da República.

O presidente do Sindicato dos magistrados do Ministério Público antecipa que o mandato de Lucília Gago, na Procuradoria-Geral da República, vai estar repleto de desafios, que vão do combate à criminalidade económica e financeira, à violência doméstica.

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público antecipa que um dos maiores desafios da recém-nomeada procuradora-geral da República será gerir os processos económico-financeiros com impacto mediático e que criaram "grande expectativa".

António Ventinhas desejou felicidades a Lucília Gago no cargo de procuradora-geral e disse esperar que a nova titular "mantenha o trabalho desenvolvido por Joana Marques Vidal".

"Espero que o Ministério Público continue a ter autonomia dos restantes poderes e os seus magistrados sejam livres para investigar", disse o presidente do SMMP.

Em sua opinião, uma "tarefa desta envergadura" não pode ser empreendida por uma "única pessoa", razão pela qual entende que Lucília Gago deve "rodear-se de uma boa equipa" para enfrentar os desafios que se avizinham.

Admitiu que "não estava à espera" do nome de Lucília Gago para o cargo máximo do MP, apontando como outro desafio importante da futura PGR o de dar resposta às atribuições e competências do Ministério Público (MP), mas que para isso acontecer é necessário que o MP seja dotado dos "meios necessários para o efeito".

António Ventinhas transmitiu um "voto de agradecimento" à atual PGR pelo trabalho desenvolvido, considerando que o MP e a justiça portuguesa muito devem à magistrada que no dia 12 de outubro termina o mandato de seis anos à frente daquela magistratura.

Já o bastonário da Ordem dos Advogados espera que a próxima procuradora-geral da República, Lucília Gago, mantenha as boas relações institucionais entre os dois organismos e que discuta os temas da justiça de forma frontal.

"Não tenho grandes referências, sei que vem do direito da família e menores. Desejo, contudo, que se mantenham as boas relações institucionais sem prejuízo da forma como cada um vê a justiça", comentou Guilherme Figueiredo à Lusa.

Lucília Gago, de 62 anos, é a nova Procuradora-geral da República, confirmou a Presidência da República.